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Realizar a análise de radiografia panorâmica é uma tarefa mais complexa do que parece. Isso porque alguns erros cometidos na realização deste exame, podem comprometer a visibilidade das estruturas anatômicas apresentadas, induzindo os profissionais ao erro.
Dessa forma, atentar-se às características desse tipo de radiografia entendendo seu funcionamento de forma ampla, auxilia na hora de decidir se o exame radiográfico é válido ou se existe a necessidade de solicitar uma nova incidência.
Nesse artigo, descubra algumas informações importantes a respeito desse tema, e tire dúvidas sobre determinados processos que ocorrem todos os dias no consultório. Vamos lá?!
Princípios básicos para análise de radiografia panorâmica
Para compreender de forma efetiva como se realiza a análise de radiografia panorâmica, é importante conhecer os princípios básicos que regem esse tipo de procedimento. Nesse sentido, para analisar uma radiografia de forma correta, o profissional deverá observar:
- A idade, o sexo e exames anteriores realizados pelo paciente;
- A qualidade da radiografia, observando o posicionamento da arcada e demais estruturas anatômicas;
- Os dados complementares, como o histórico médico do paciente e existência de próteses dentárias;
- Erros comuns, com possíveis distorções, borrões, sombreamentos e fatores prejudiciais a análise de radiografia panorâmica.
Em síntese, é necessário muito estudo e experiência prática. Assim, o profissional estará cada vez mais capacitado para identificar erros e acertos, quanto a qualidade dessas radiografias, o que aumenta o grau de assertividade em análises e diagnósticos.
O que é e como funciona uma panorâmica?
A radiografia panorâmica é um exame que visa registrar as estruturas da face do paciente e criar uma imagem radiográfica da sua arcada dentária, mandíbula e maxila. Desse modo, é um exame completo, com o qual é possível verificar diversas estruturas em uma única radiografia.
Ao realizar a análise de radiografia panorâmica, o profissional pode identificar situações como:
- Estruturas ocultas;
- Dentes impactados;
- Cistos;
- Focos de infecção;
- Fraturas ósseas, entre outras.
O exame radiográfico panorâmico é utilizado para avaliar e diagnosticar pacientes de todas as idades. Ele é solicitado quando o dentista precisa de uma análise mais aprofundada dos dentes, que não pode ser realizada apenas com o exame clínico.
A realização da panorâmica se dá através de um aparelho chamado ortopantomógrafo. Assim, o profissional responsável irá inserir um afastador de lábios na boca do paciente e aproximar o equipamento de seu rosto. Logo em seguida, pede para que o paciente não se mova e aciona a máquina, que então gira em 180 graus e registrar a imagem bidimensional das estruturas faciais do mesmo.
A importância de uma interpretação assertiva de panorâmica
A análise de radiografia panorâmica tem papel fundamental na metodologia aplicada para o tratamento dos pacientes odontológicos. Dessa forma, a análise e diagnóstico incorretos podem levar o dentista a cometer erros.
Em suma, para evitar que o paciente passe por procedimentos inadequados que podem prejudicá-lo ao invés de tratá-lo, o profissional precisa ser capacitado para avaliar a radiografia panorâmica e entender a anatomia presente na imagem e os possíveis erros em sua formulação. No caso da identificação desses erros, ele precisa também solicitar novos exames.
De acordo com o artigo Anatomia radiográfica do canal mandibular e suas variações em radiografias panorâmicas, a interpretação da imagem radiográfica panorâmica é fundamental no planejamento e na diminuição dos riscos cirúrgicos e insucessos na região posterior da mandíbula.
O que deve ser considerado na interpretação da panorâmica?
O profissional deve se atentar se a radiografia está desocluída e se o paciente está mordendo o bloco de forma correta. Nesse sentido, analisa-se se a região anterior dos incisivos está nítida e se o primeiro molar anterior do lado esquerdo e direito possuem o mesmo comprimento e largura. A mesma análise deve ser feita em relação aos molares superiores e inferiores.
A análise dos molares serve para identificar se o paciente ficou girado ou inclinado de alguma forma durante a realização da radiografia.
Outro fator importante a ser observado é o nivelamento da ATM, que deve estar na mesma linha de observação da imagem, e com a mesma distância do bordo superior e lateral do filme. Além disso, o plano oclusal não pode estar muito reto e nem muito angulado, isso mostra que o exame está distorcido.
Por fim, a radiografia não deve demonstrar a sombra que se forma com a presença da língua do paciente, para que o palato não se sobreponha às raízes dos dentes.
A qualidade dos exames de radiografia
O que irá garantir uma análise de radiografia panorâmica assertiva é a capacitação do profissional e a qualidade das radiografias realizadas.
Devido ao fato das radiografias utilizarem pequenas porções de radiação ionizante, esse tipo de procedimento é considerado seguro e pode ser realizado mais de uma vez em um único dia, principalmente quando feito a partir de aparelhos digitais.
Assim, ao identificar erros na radiografia o técnico pode realizar uma nova incidência e voltar a posicionar o paciente de forma adequada.
Com o avanço da tecnologia, as imagens radiográficas estão cada vez mais nítidas e oferecem detalhes impressionantes. Então, basta que a técnica seja apurada, para que a imagem obtida revele informações precisas e extremamente importantes sobre a saúde bucal do paciente.
Dados complementares à interpretação
É fundamental lembrar que a radiografia panorâmica é um exame bidimensional, utilizado para retratar uma estrutura tridimensional. Devido a esse fato, a análise de radiografia panorâmica exige que marcações nos cantos superiores da imagem sejam realizadas para facilitar a identificação da incidência.
Além disso, informações de histórico do paciente, como idade, gênero, entre outras, são essenciais para uma avaliação mais precisa. Por isso, solicite exames antigos caso eles existam.
Por fim, a solicitação do exame panorâmico ainda exige um exame clínico completo, levando em consideração a anamnese e o exame físico.
Erros comuns na interpretação de panorâmicas
- Imagens fantasmas: acontecem quando algum objeto radiopaco não é retirado na hora do exame. Assim, tais objetos aparecem de forma borrada e duplicada, com tamanho maior que o original e do lado oposto;
- Advento do avental de chumbo: quando o avental está posicionado incorretamente, ficando entre o feixe de radiação e o objeto radiografado. Desse modo, a imagem ficará radiopaca na porção inferior da imagem;
- Posicionamento incorreto do paciente: quando os lábios ficam na posição incorreta, ocorre imagem radiolúcida nas regiões de coroas dos incisivos (superiores e inferiores); já com a língua no local incorreto, as imagens ficam radiolúcidas na região de palato, dificultando a visualização das estruturas, a interpretação e o diagnóstico assertivo;
- Posicionamento dos dentes em relação à camada focal: ficando a frente da camada focal, a imagem ficará desfocada e os dentes aparecerão de forma estreitada. Na situação inversa, os dentes surgirão de forma alargada;
- Plano de Frankfurt não paralelo ao plano horizontal: esse erro pode resultar na imagem de um sorriso invertido, já o seu inverso, na imagem de um sorriso acentuado;
- Plano sagital mediano incorretamente posicionado: se não estiver perpendicular ao plano horizontal, um dos lados da radiografia poderá ficar alargado. Esse tipo de erro pode ser identificado facilmente, observando-se a assimetria da imagem do ramo da mandíbula, exceto nos casos em que o paciente apresenta essa deformidade.
